quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O terceiro debate

As novas pesquisas confirmam a tendência de reversão do quadro nas eleições de BH:

Ibope: Lacerda 45% X 44% Quintão

Datafolha: Lacerda 45% X 40% Quintão

Vox Populi: Lacerda 42% X 39% Quintão

Esses números, fresquinhos, com certeza influenciaram na postura dos candidatos no debate da TV Alterosa. Logo no início era possível detectar uma asfixiante tensão no ar, então, no primeiro bloco, os candidato partiram logo para o clinch. Iniciaram respondendo as perguntas dos jornalistas diretamente para o eleitor, sem provocações. Mas no segundo bloco...

Aí a coisa esquentou. Quintão resolveu partir para cima repetindo várias vezes que Lacerda ainda tinha que responder à justiça pelo seu envolvimento com o mensalão. Quantas vezes Lacerda negasse o envolvimento, Quintão o reafirmava. Com isso o candidato do PSB foi perdendo o controle. Era possível perceber suas mãos e sua voz trêmulas. Enfim, ele perdeu o rebolado, não soube se sair bem quando foi às cordas. Ele ficou tão atarantado após os ataques que, quando foi a sua vez de fazer a pergunta, ele ficou por vários segundos procurando-a em seus papéis e não teve tempo de completá-la. Marcio não conseguiu se recuperar até o fim do debate.

Nesse debate, nitidamente, Quintão foi orientado a mudar de atitude. Parou com aquele amontoado de frases feitas e procurou mesclar propostas e ataques ao adversário. Ele se saiu muito bem usando essa tática.

Uma coisa muito interessante no debate foi que os mais persistentes ataques que eles fizeram foi o de acusar um ao outro de... direitista! Quintão perguntou mais ou menos assim: "Candidato, você tem dito que temos duas candidaturas bem diferentes em BH: uma de centro-esquerda e uma de direita , que representa o atraso. Quem é quem nessa história?" Aí criou-se a confusão, cada um reinvindicando para si a condição de candidato de esquerda e empurrando para o outro a pecha de direitista. Lacerda dizia que tem apoio do PT e ele próprio é do PSB, e Quintão rebatia dizendo que é apoiado pela esquerda do PT e pelo PCdoB e que Marcio é apoiado pelo direitista Gustavo Valadares (DEM) e pelos tucanos. Parece que não pega muito bem ser de direita em Belo Horizonte!

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