Hoje eu estava num tédio danado. Cheguei mais cedo do trabalho, por volta das 2 da tarde, então, li um pouco( estou às voltas com "A interpretação dos sonhos", do Freud. É um livro interessantíssimo,mas maçante como o diabo), estudei, escrevi... Fiz várias coisas, mas nada de maneira satisfatória.
Eis que, fuçando na minha estante, topei com um livro que eu li há algum tempo e me provoca ótimas recordações. É o "Geografia íntima do deserto", da Micheliny Verunschk. Peguei o livro e abri. Caiu na página 70. Veja que beleza de poema:
Da rotina
Varrer o dia de ontem
que ainda resta pela sala,
o dia que persiste,
quase invisível
pelo chão,
nos objetos
sobre os móveis da sala.
Varrer amanhã
o pó de hoje.
Varrer,
varrer hoje.
(E domingo quebrar nos dentes
o copo
e sua água de vidro.
Segunda, não esquecer :
varrer todos os vestígios.)
sexta-feira, 16 de maio de 2008
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3 comentários:
Que bom saber que o Geografia Íntima do Deserto é portador de boas lembranças para alguém. Acho mesmo que a poesia tem função de comover. E quando quem escreve consegue isso, ganha o dia (ou a vida) :)
Um grande abraço!
Oi, Bruno... por sinal, o livro j'a chegou? Conseguiu le-lo, o que achou?
um abraco, Denny
Oi, Bruno... por sinal, o livro j'a chegou? Conseguiu le-lo, o que achou?
um abraco, Denny
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