domingo, 17 de agosto de 2008

A nova revolução russa

A Rússia fez uma verdadeira revolução no tênis feminino. Nada mais nada menos que 5 tenistas russas estão entre as top 10 do ranking mundial. Nos 4 principais torneios disputados nesse ano ( aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e olimpíadas) havia pelo menos uma russa nas semifinais. Em 3 deles, ao menos uma na final.

Hoje, a decisão da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim foi entre Dinara Safina e Elena Dementieva. Um jogaço.

Safina começou melhor, jogando com muita raça e agressividade. Não dava chances de sua oponente contra-atacar. Dominou o primeiro set e venceu por 6x3. Dementieva parecia derrotada,não encontrando o melhor modo de devolver os golpes poderosos de sua adversária. Parecia questão de tempo para Safina fechar o jogo e levar o ouro para casa.

O que ninguém contava era com o famoso desequilíbrio emocional dessa atleta, irmã do também craque e instável Marat Safin. Quando parecia claro que ela tinha uma marcante superioridade na partida, ela começou a cometer uma dupla falta atrás da outra. Foram 17 no total, um número inimaginável para tenistas desse nível. Esses erros foram minando a confiança de Safina. A cada erro ela parecia atônita, sem saber o que fazer de tão irritada com o próprio saque. Dementieva, que não é boba nem nada, aproveitou-se disso e pressionava cada serviço de sua adversária. Quando Safina forçava o saque, errava. Quando aliviava, tomava um winner.

Não deu outra. Dementieva venceu os 2 últimos sets e levou o ouro.

Mas o mais impressionante de tudo foi o pódio. Num torneio de nível altíssimo, como foi o das olimpíadas, a Rússia tomou conta. Ouro, prata e bronze ( que ficou com a Zvonareva).

Alguma coisa muito significativa foi feita na Rússia nos últimos 10 anos para que tenha surgido uma geração dessa categoria no tênis feminino. Agora eles estão colhendo os frutos.

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