A Rússia fez uma verdadeira revolução no tênis feminino. Nada mais nada menos que 5 tenistas russas estão entre as top 10 do ranking mundial. Nos 4 principais torneios disputados nesse ano ( aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e olimpíadas) havia pelo menos uma russa nas semifinais. Em 3 deles, ao menos uma na final.
Hoje, a decisão da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim foi entre Dinara Safina e Elena Dementieva. Um jogaço.
Safina começou melhor, jogando com muita raça e agressividade. Não dava chances de sua oponente contra-atacar. Dominou o primeiro set e venceu por 6x3. Dementieva parecia derrotada,não encontrando o melhor modo de devolver os golpes poderosos de sua adversária. Parecia questão de tempo para Safina fechar o jogo e levar o ouro para casa.
O que ninguém contava era com o famoso desequilíbrio emocional dessa atleta, irmã do também craque e instável Marat Safin. Quando parecia claro que ela tinha uma marcante superioridade na partida, ela começou a cometer uma dupla falta atrás da outra. Foram 17 no total, um número inimaginável para tenistas desse nível. Esses erros foram minando a confiança de Safina. A cada erro ela parecia atônita, sem saber o que fazer de tão irritada com o próprio saque. Dementieva, que não é boba nem nada, aproveitou-se disso e pressionava cada serviço de sua adversária. Quando Safina forçava o saque, errava. Quando aliviava, tomava um winner.
Não deu outra. Dementieva venceu os 2 últimos sets e levou o ouro.
Mas o mais impressionante de tudo foi o pódio. Num torneio de nível altíssimo, como foi o das olimpíadas, a Rússia tomou conta. Ouro, prata e bronze ( que ficou com a Zvonareva).
Alguma coisa muito significativa foi feita na Rússia nos últimos 10 anos para que tenha surgido uma geração dessa categoria no tênis feminino. Agora eles estão colhendo os frutos.
domingo, 17 de agosto de 2008
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