segunda-feira, 29 de junho de 2009

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Flashes de Wimbledon


Apesar de ter sido por 3 sets a 1, a vitória de Federer de hoje foi bem tranquila. Ele jogou para o gasto e não deu chances para o seu adversário. Tendo acompanhado seus três jogos no torneio, é possível afirmar que Federer está voltando ao melhor de sua forma. E digo mais: jogando o que está jogando, ele é imbatível na grama, mesmo se tivesse que enfrentar Rafael Nadal. Então aí está o meu palpite: Roger Federer levará o seu 15º título de grand slam.

Na próxima rodada ele enfrenta Soderling, seu adversário na final de Roland Garros.

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Andy Murray, a grande aposta britânica, também tem vencido com facilidade os seus jogos. Ele é capaz de jogar muito bem na grama, mas creio que ele não tem punch o suficiente para vencer Federer e a pressão da torcida britânica, que há 73 anos não vê um compatriota vencendo este torneio, numa eventual final.

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A grande surpresa do torneio até aqui é a vitória do chatinho Lleyton Hewitt sobre o número cinco do mundo Del Potro. Lembrando: Hewitt já venceu este torneio em 2003. Ele pode dar trabalho na chave de cima.

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Djokovic também está vivo no torneio. Mas acredito que não se manterá assim até a final, até porque ele está na chave de Roger Federer.

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Karlovic meteu 46 aces no Tsonga e venceu por 3X1. Ele é um daqueles caras que apostam todas as suas fichas no saque. Essa estratégia costuma dar mais certo em Wimbledon do que em outros grand slams, mas acredito que não o levará além das quartas-de-final. Ele pegará agora, e provavelmente vencerá, o espanhol Fernando Verdasco, mas depois poderá enfrentar Federer e aí...

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Outro candidato a frustrar os sonhos de Murray é o norte-americano Andy Roddick. Eles podem se cruzar nas semifinais.

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Está rolando um babado lá em Wimbledon. Veja você que Dinara Safina, número 1 do mundo ( e a minha queridinha), Serena Williams, número 2 ( e minha segunda queridinha) e Venus Williams, atual campeã do torneio, fizeram seus jogos na quadra 2, conhecida como The Graveyard of Champions. Normalmente tenistas deste calibre são colocadas para jogar na quadra central ou na quadra 1. Elas, com razão, se sentiram desrespeitadas e reclamaram.

Venus, quando foi informada da quadra em que jogaria, não acreditou, achou que a direção do torneio havia se enganado.

Safina, quando perguntada se estava chateada com a escalação da sua partida para uma quadra secundária, respondeu ponderadamente: "Hopefully next match I'll play on a bigger court. Of course it's not fair, but I'm not doing the schedule. If tournament directors or whatever, referees, think this way ... I just thought if I win the match, I have next day the chance to play on a bigger court".

E Serena foi além: "Well, I'm happy to have gotten my match over and to have won. I always play on Court No2 — it's not a court for Roger [Federer], but it's definitely a court for me". E depois completou ironicamente: "But I haven't won Wimbledon five times".

A direção do torneio vai ter que rever os seus critérios. Tanto Safina quanto as irmãs Williams têm que jogar nas quadras principais. Elas e o público merecem.

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A final feminina será jogada no dia em que o primeiro título de simples em Wimbledon da brasileira Maria Esther Bueno completa 50 anos. A Sportv noticiou que a direção do torneio está preparando uma homenagem para ela. Tomara, seria emocionante.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Vale o quanto custa?

Li hoje no blog do Favre uma reprodução de uma matéria do jornal Valor Econômico entitulada "Patrus e Pimentel rejeitam chapa em MG sem o PT na cabeça". Os dois pré-candidatos petistas afinaram os discursos, a despeito das notícias de que Patrus Ananias estaria negociando com Hélio Costa. Bem, essa é uma ótima notícia, mas temo que o buraco seja mais embaixo.

Pensemos pragmaticamente. O apoio do PMDB na próxima eleição presidencial será disputado com unhas e dentes por petistas e tucanos. Não tenha dúvidas disso. Dilma e Serra o querem como aliado. Lógico, o PMDB tem os presidentes da Câmara e do Senado, é o partido brasileiro com maior capilaridade e daria preciosos minutos na propaganda eleitoral gratuita durante a campanha. Só que o PMDB não vai apoiar ninguém de graça, né? Quem dá mais?

Corre a notícia de que PMDB já está praticamente fechado com os tucanos em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil. E ficou barato, o PSDB cedeu apenas uma vaga para uma candidatura ao Senado. O PT não pode ficar atrás. E o que os petistas poderiam oferecer para compensar São Paulo? Isso, a cabeça de chapa para o governo de Minas Gerais, o segundo maior estado em número de eleitores. E o PMDB tem fortes argumentos: o líder disparado das pesquisas para o governo do estado é do seu partido, é aliado de Lula e, se o PT não quiser, tem quem queira. Aécio está doidinho para eleger o sucessor e, como Anastasia, atual vice-governador e pré-candidato do PSDB, poderá ter difuculdades em decolar, se o PT vacilar, Costa poderá ser o candidato do governador.

As cartas estão na mesa. O PT vai ter que decidir: vale a pena pagar um preço tão alto, a cabeça de chapa para a disputa pelo Palácio da Liberdade, para ter (parte) do PMDB ao seu lado em 2010?

sábado, 13 de junho de 2009

Legenda

Não sei se ontem ou anteontem foi ao ar a propaganda partidária do PT do B. Eu a escutei pelo rádio. Era tão tosca na forma quanto cretina no conteúdo. Veja você, a cada trinta segundos o locutor (ou presidente ou algum integrante do partido ou sei lá quem) dizia algo do tipo: " Venha se juntar a nós e seja candidato a deputado estadual ou federal no ano que vem. Você pode ser eleito. E o mais importante, com o menor número de votos".

Ora, um sistema político em que coisas assim são usadas para propaganda precisa ser reformado urgentemente.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Minha experiência com a imprensa

Durante uma das discussões acerca do blog da petrobrás, o Hermenauta escreveu um comentário lá no Sergio Leo dizendo que numa das poucas vezes em que ele foi coberto pela imprensa, a jornalista conseguiu informar exatamente o contrário do que ele havia dito. Bom, minha experiência com a imprensa também não é das melhores. Eu fui entrevistado duas vezes: na primeira vez ficou parecendo que eu era um baita de um arrogante e na segunda, um perfeito idiota.

1ª) Foi na saída da prova de química da segunda fase do vestibular da fuvest. Era janeiro de 1999. Eu estava com a cabeça ainda fervendo quando fui abordado por uma repórter da Folha de S. Paulo:

- Olá, você pode me dar uma entrevista?

- Sim, claro.

- Qual é o seu nome e idade?

- Bruno e tenho 18 anos

- Tá prestando vestibular pra quê?

- Medicina

- E o que você achou da prova?

- Nossa, difícil demais! Quase fundiu minha cabeça.

- Ah é? O pessoal tem dito isso mesmo. Mas qual foi o estilo da prova?

- Ah, exigiu bastante raciocínio. Não tinham questões com respostas diretas...

- Mas não tava impossível de fazer não, né?

- Não, dava para fazer. Mas tava bem difícil...

No dia seguinte, lendo o jornal deparei-me com a reportagem intitulada "Alunos consideram prova de química difícil". A repórter, pegou vários depoimentos de pessoas que consideraram a prova dificílima, pesadíssima e, no final, escreveu: "Isso não foi problema para o vestibulando de medicina Bruno P., 18. 'O exame avaliou toda a matéria de química, quem só decorou fórmulas se deu mal', afirma". Não sei se onde ela tirou essa declaração minha, mas sei que todos os vestibulandos do Brasil me odiaram neste dia. Eu era "o" arrogante.

2ª) No ano passado, já aqui em BH, eu operei uma figura folclórica da cidade. Quando a imprensa ficou sabendo que ele estava internado, foi um auê. Um dia eu estava fazendo a prescrição dele e a assessora de imprensa do hospital disse que uma equipe da TV Record queria falar comigo. Eu disse que não, que sou muito tímido etc., mas ela disse para eu não me preocupar, pois eles apenas me filmariam examinando o paciente e fariam uma entrevista rápida. Concordei, relutante.

Foi bem chato fazer teatrinho examinando o paciente, um senhor de quase 100 anos de idade. Mas até aí tudo bem. Depois, na entrevista, a repórter me perguntou como estava o estado de saúde do paciente e eu tive que gravar umas 5 vezes a resposta, pois ela sempre pedia para eu simplificar, explicar de um modo mais simples para o "público leigo da Record". Até que eu consegui dar uma explicação que qualquer débil mental entenderia. Aí, a jornalista fez a fatídica pergunta que me obrigou a uma resposta que me envergonha até hoje:

- Então quer dizer que nada pode detê-lo?

- É isso aí, respondi constangido.

Ora, como mais eu poderia responder a essa pergunta imbecil? Eu só poderia responder dessa maneira idiota mesmo, não tinha outra saída. Não tinha como eu dizer: - Algumas coisas podem detê-lo: um câncer de pulmão, um infarto... Que situação embaraçosa!

E o pior é que, na matéria que foi ao ar, enquanto eu dava a entrevista apareceu a legenda: dr. Bruno P., chefe do serviço. Ora, eu estou tão próximo de ser chefe do serviço quanto o PSTU de fazer o próximo presidente da república: sou um mero residente.

Duas imagens


terça-feira, 9 de junho de 2009

Finalmente Roland Garros é dele

Há dois dias, Federer, ao vencer finalmente o torneio de Roland Garros, escreveu definitivamente seu nome no topo do ranking imaginário dos maiores tenistas de todos o tempos. E Agassi, ao entregar-lhe o troféu, disse a ele uma frase que todos que gostam de tênis gostariam de ter dito: - I'm happy for you, man!

E eu estou muito feliz por mim mesmo por ter testemunhado este momento.

Bom, agora vou dar um tempo no tênis. Aliás, um tempinho, já que Wimbledon começa daqui a duas semanas.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A reta final de Roland Garros


Foram mais de 7 horas em frente à TV. E valeu cada minuto. As duas semifinais de hoje foram partidas inesquecíveis. Ambas definidas no quinto set.

Soderling x González

A primeira semifinal, disputada entre o algoz de Nadal, Robin Soderling, e o chileno Fernando González, não deixou nada a dever para as grandes semifinais já disputadas na história de Roland Garros.

Soderling, como o esperado, começou o jogo atacando todas as bolas, evitando assim que González pudesse ditar o ritmo da partida. Com o chileno na defensiva, o sueco usou toda a potência dos seus golpes, principalmente da direita, para vencer os dois primeiros sets. No entanto, ao contrário de Nadal, González conseguiu assumir as rédeas do jogo. Começou a partir para o ataque e foi adquirindo confiança na medida em que sua estratégia se mostrava acertada. Soderling, todos sabem, é ótimo no ataque, porém não tem a mesma destreza jogando na defensiva. Além disso, parecia que o sueco sentia mais do que o chileno o desgaste das duas semanas de jogos. Então González venceu os dois sets seguintes e abriu 4X1 no set decisivo. Aí...

Aí, González teve um momento de desconcentração que se mostrou fatal. O chileno não gostou da marcação de um juiz de linha e discutiu asperamente com ele e com o juiz de cadeira. Depois disso, a cada ponto ele reclamava, gesticulava, fazia caras e bocas. Isso parece que tirou sua concentração no momento mais importante da partida. Soderling aproveitou-se disso, virou para 6X4 e avançou para sua primeira final de Grand Slam.

Foi um jogo sensacional, de um nível muito alto. Mas o melhor ainda estava por vir.

Federer x Del Potro

Eu duvido que a o jogo final atinja o nível desse jogo. Federer todos nós conhecemos, sabíamos o que poderíamos esperar dele. Agora, esse garoto, o argentino Juan Martin Del Potro, é um jogador que não se vê todo dia, não. Eu já o tinha visto jogar há alguns meses, e sabia que ele vinha melhorando seu jogo, mas não podia imaginar que ele tinha atingido esse nível que ele mostrou hoje. É um jogador quase completo: tem um serviço devastador, golpes potentes e precisos do fundo de quadra e voleios firmes. E, apesar de seus quase 2 metros de altura, tem uma velocidade e uma leveza impressionantes. Eu não tenho dúvida, ele logo brigará pela liderança do ranking mundial.

Federer iniciou a partida muito frio e o argentino achou por bem não dar nem tempo de Federer esquentar. Sapecou logo um 6x3, sem muito papo. No segundo set, Del Potro continuou jogando muito bem, sacando com perfeição. Federer, por sua vez, finalmente entrou em jogo. O set transcorreu sem quebrar e no tie-break o suíço usou toda a sua experiência para empatar a partida em 1 set a 1.

O suíço respirou aliviado por ter vencido o segundo set e voltou relaxado para o terceiro. Porém mais relaxado do que deveria. Del Potro não se deixou abater e voltou a mil por hora. O argentino de cara quebrou o saque de Federer e não deu chances para ele se recuperar. Acabou quebrando mais uma vez o saque do suiço e venceu o terceiro set. O jogo estava pegando fogo a essa altura, com os dois fazendo coisas inacreditáveis.

Aí, jogando o tênis que faz dele um dos melhores jogadores de todos os tempos, se não o melhor, Federer venceu os 2 sets seguintes, batendo um tenista que valorizou, e muito, a sua vitória. Del Potro jogou um tênis de dar inveja a muitos campeões de Grand Slam , mas, para azar dele, do outro lado da rede estava um cara chamado Roger Federer.

Foi o jogo de maior nível técnico até aqui nesse torneio, e dificilmente será batido. Agora a final será entre Federer e o encardido do Soderling. O suíço nunca perdeu nenhuma partida para o sueco. Não creio que o faça agora.

Por que Federer é melhor que Sampras

Até aparecer Federer para confundir a cabeça de todo mundo, a coisa era mais ou menos assim: a geração anterior à minha achava Bjorn Borg o melhor jogador de todos os tempos; a minha, achava que o melhor era Ivan Lendl; a geração seguinte, Pete Sampras. É difícil comparar tenistas de épocas tão distantes quanto Federer e Borg, e o suíço já deixou Lendl para trás há muito tempo, quando olhamos os números dos dois. A comparação possível e que merece ser feita é entre Sampras e Federer:

1) Sampras não tinha um rival à sua altura em sua época. Não, não me venham falar em Andre Agassi. Ele foi um ótimo jogador, mas nunca incomodou Sampras quando este estava no seu auge. Ele só foi número 1 do mundo quando Sampras já estava no final da carreira, desinteressado. A rivalidade Sampras x Agassi era mais uma vontade dos anunciantes e dos torcedores do que uma realidade. Trocando em miúdos, Sampras não tinha um Nadal fungando no seu cangote. Para ser campeão,Federer, quase sempre, tem que bater Nadal e vice-versa (veja que número interessante: nos 6 títulos de Grand Slam de Nadal, em 5 ele bateu Federer na final e no outro, na semi. Isso é que é rivalidade, o resto é resto. E, dos oito majors de Agassi, em quantos ele teve que passar por Sampras?).

2) Federer é um jogador mais completo do que foi Pete Sampras. Não estou falando em relação aos golpes: o americano tinha o saque e o voleio melhores que o do suíço e este tem o jogo de fundo de quadra mais consistente e tem mais "toque", habilidade. Eu estou falando de versatilidade. Federer pode jogar bem em qualquer piso. Sim, inclusive no saibro, ao contrário de Sampras. Ora, vejam, Federer chegou a 4 finais consecutivas de Roland Garros. Chega pelo menos à semifinal desde 2005. E só perdeu para um cara em Roland Garros desde então: Rafael Nadal. Sampras nunca foi tão bem sucedido no Grand Slam francês. Além disso, Federer tem tudo para ser campeão este ano e completar o Grand Slam, coisa que o americano encerrou a carreira sem ter conseguido. E outra, se ele vencer domingo, iguala o recorde de títulos de Grand Slams que pertence a Sampras.

A final feminina

Eu já declarei aqui a minha torcida. Eu gostaria que a final fosse entre Dinara Safina e Serena Williams. Infelizmente, a americana foi derrotada, nas quartas-de-final, por mais uma daquelas grandes jogadoras russas que surgiram nos últimos cinco anos, Svetlana Kuznetisova. A final será entre essa estraga prazeres e a minha queridinha Safina.

Safina, a atual número 1 do mundo, vem sofrendo alfinetadas de todos os lados por ser a líder do ranking mundial sem nunca ter vencido um Grand Slam. Um desses ataques partiu, deselegantemente, de Serena, a número 2 do mundo, o que me cheirou a despeito. Mas Safina deve estar muito confiante, pois emagreceu, se preparou bem fisicamente e tem melhorado seu controle emocional durante as partidas. E tem jogado muito. Ela é a favorita e merece muito o título.

Que torcida é essa!

Só uma torcida no mundo é capaz de nos proporcionar cenas como essa. Enquanto comentaristas esportivos fazem análises psicológicas de botequim sobre Adriano, a torcida do Flamengo mostra que o entende e está ao seu lado. É de arrepiar!

*Via blog do Nassif

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Não deve ser nada fácil ser tucano

Avaliação positiva do presidente Lula volta a subir em maio para 81,5% após recuo

Flashes de Roland Garros


Nadal - Imagine só: o cara tem 22 anos, é tetracampeão de forma consecutiva de Roland Garros, nunca (você leu certo: nunca!) perdeu um jogo sequer neste torneio e está há 2 anos sem perder um único set no grand slam francês. Além disso, ele é o atual número um do mundo, ganhou o único grand slam disputado neste ano e tem feito uma temporada quase perfeita. Quer dizer, esse cara é o cara.

Nadal era o grande favorito, disparado, para vencer o Roland Garros deste ano. Mas , nas oitavas-de-final, ele encontrou o seu único desafeto do circuito, o sueco Soderling, cabeça-de-chave número 23 do torneio (tenho certeza de que Soderling era o último cara para quem Nadal gostaria de perder, ainda mais em Roland Garros). E o sueco jogou muito tênis. Ele sabia que, se quisesse vencer Nadal, não poderia perder oportunidades, não poderia dar brechas para o espanhol. Soderling jogou muito agressivamente, soube aproveitar muito bem a potência da sua direita e não deixou o número 1 do mundo ditar o ritmo da partida. Deu certo, ele venceu por 3 sets a 1.

Soderling fez história ontem. Além de conseguir o feito inédito de bater Nadal em Roland Garros, ele impediu que o espanhol batesse o recorde de títulos consecutivos no aberto da França do seu compatriota Bjorn Borg. Nadal e "Ice" Borg têm 4 títulos consecutivos em Roland Garros. Agora o espanhol correrá atrás do sueco no total de títulos na França. Borg tem 6.

O próximo adversário da maior zebra do torneio será o russo Nikolay Davydenko. Só falta ele perder.

Federer - Djokovic, o cara que, depois de Nadal, melhor vinha jogando no saibro neste ano, foi derrotado por um zé mané. Nadal também perdeu. As portas começaram a se abrir para Roger Federer. Mas ele quase trocou os pés pelas mãos hoje.

Pelas oitavas-de-final, ele enfrentou o decadente Tommy Haas. O alemão começou muito bem na partida, encurralando o suiço. E Federer jogou os 2 primeiros sets daquela maneira bem blasé dele, aceitando o domínio do alemão. Parecia que Federer, logo agora que o universo conspirava a seu favor (peço perdão pela paulocoelhada), seria derrotado de maneira categórica. Mas Haas vacilou, hesitou, pipocou no terceiro set. Federer venceu este set por 6X4. Aí, o velho Federer voltou à quadra e venceu os dois sets seguintes sem dar chances a Haas: 6X0 e 6X2.

O atual número 2 do mundo enfrentará, pelas quartas-de-final, o vencedor do jogo entre Roddick e Monfils. Ambos velhos fregueses do suiço. No entanto, é bom Federer colocar as barbas de molho. O suíço teve apoio maciço da torcida hoje, mas num eventual jogo contra francês Monfils ele não terá esse trunfo.

Tênis feminino - O tênis feminino nunca foi tão interessante. Em todos os torneios várias tenistas brigam efetivamente pelo título, o que é, digamos, uma novidade. O tênis feminino sempre se caracterizou por longas hegemonias: era Navratilova ou Graf, Graf ou Selles, Hingis ou Davenport, Serena ou Venus... Tinha, é certo, uma Gabriela Sabatini aqui ou uma Arantxa Sanchez acolá para desafinar o coro. Mas hoje, com o caminhão de grandes jogadoras russas que surgiram nos últimos 5 anos, isso mudou radicalmente. Felizmente.

Nesta edição de Roland Garros, pelo que estão jogando, tudo leva a crer que teremos uma decisão entre a número 1 e a número 2 do ranking mundial: Dinara Safina e Serena Williams. São as minhas 2 tenistas favoritas do circuito e vou torcer muito para que ocorra essa final.