terça-feira, 16 de junho de 2009

Vale o quanto custa?

Li hoje no blog do Favre uma reprodução de uma matéria do jornal Valor Econômico entitulada "Patrus e Pimentel rejeitam chapa em MG sem o PT na cabeça". Os dois pré-candidatos petistas afinaram os discursos, a despeito das notícias de que Patrus Ananias estaria negociando com Hélio Costa. Bem, essa é uma ótima notícia, mas temo que o buraco seja mais embaixo.

Pensemos pragmaticamente. O apoio do PMDB na próxima eleição presidencial será disputado com unhas e dentes por petistas e tucanos. Não tenha dúvidas disso. Dilma e Serra o querem como aliado. Lógico, o PMDB tem os presidentes da Câmara e do Senado, é o partido brasileiro com maior capilaridade e daria preciosos minutos na propaganda eleitoral gratuita durante a campanha. Só que o PMDB não vai apoiar ninguém de graça, né? Quem dá mais?

Corre a notícia de que PMDB já está praticamente fechado com os tucanos em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil. E ficou barato, o PSDB cedeu apenas uma vaga para uma candidatura ao Senado. O PT não pode ficar atrás. E o que os petistas poderiam oferecer para compensar São Paulo? Isso, a cabeça de chapa para o governo de Minas Gerais, o segundo maior estado em número de eleitores. E o PMDB tem fortes argumentos: o líder disparado das pesquisas para o governo do estado é do seu partido, é aliado de Lula e, se o PT não quiser, tem quem queira. Aécio está doidinho para eleger o sucessor e, como Anastasia, atual vice-governador e pré-candidato do PSDB, poderá ter difuculdades em decolar, se o PT vacilar, Costa poderá ser o candidato do governador.

As cartas estão na mesa. O PT vai ter que decidir: vale a pena pagar um preço tão alto, a cabeça de chapa para a disputa pelo Palácio da Liberdade, para ter (parte) do PMDB ao seu lado em 2010?

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