Quem está acompanhando com o mínimo de interesse os noticiários recentes sabe que ontem, no Festival de Cinema de Brasília, foi apresentado pela primeira vez ao público o esperado filme Lula, o filho do Brasil. Pelos relatos no twitter, o filme agradou ao público presente no festival e foi muito aplaudido. Dizem que é muito bem feito, emocionante e tal.
Não tardou para que a oposição chiasse. “É um claro instrumento de promoção eleitoral, para Lula e para quem mais ele quiser”, disse José Agripino Maia. Representantes da oposição têm dito que o filme tem caráter eleitoreiro.
Como disse a ministra Dilma Rousseff, essa turma é patética, não é? Ora, primeiro, Lula, a pessoa que é retratada no filme, não é candidato, a candidata é a ministra. Segundo, não foi usado um tostão de dinheiro público, nem sequer por meio de incentivos fiscais, para a realização do filme. Por que então seria ele eleitoreiro? Por um acaso a oposição, tão defensora do livre-mercado e da livre-iniciativa, gostaria de censurar uma obra realizada cem por cento com dinheiro privado? A oposição acha que os realizadores têm que pedir permissão para alguém para retratar quem quer que seja num filme? Eles não acham que as pessoas têm direito escrever, filmar, encenar o que elas quiserem? Eles agora são favoráveis ao "dirigismo cultural"?
Ora, o filme poderia ser considerado eleitoreiro se víssemos o seguinte cartaz por aí:
Petrobrás, Eletrobrás, BNDES e Banco do Brasil
apresentam:
Dilma, a mãe do PAC
Como não é esse o caso, nem vem que não tem.
Para a oposição não ficar chupando o dedo, aqui vão algumas sugestões de filmes que eles poderiam tentar produzir e que certamente seriam um sucesso de público:
“FHC, o filho da Sorbonne” (via Hermenauta)
“Os Maias”, sobre a fascinante trajetória de César e Rodrigo Maia (idéia do ministro Paulo Bernardo)
"José Serra, o vampiro do Brasil"
"Agripino, o filhote da ditadura do Brasil"
"FHC, o conquistador brasileiro" ou "FHC, o homem que amava as mulheres"
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
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5 comentários:
Não sei se é ou não eleitoreiro, mas é do Barretinho, sinal de que se trata de um filminho meia-bomba lacrimogêneo até o tutano. Preguiiiça... :-P
Isso é verdade, não há duvidas!Ele mesmo define o filme como um "melodrama épico". Mas eu tô muito, muito curioso pra ver o filme.
Com o prestigio do Lula é capaz desse filme ganhar o Oscar. Haja lextan prá galerinha vip.
tb to curiosa par ver o filme. só lembro que as classes D e E que são a maioria do país e os grandes eleitores do Lula, que não concorre ano que vem e poderia trnsferir votos pra Dilma não vão ao cinema. no máximo fazem uma pirataria básica ou um download mesmo, e olhe lá.
e como já foi dito, de forma nunca antes feiat na história deste país ( mas queria confirmar a informação) não houve captação de $ público para o projeto.
FHC "Filho da Sorbonne"? Sei não eu diria de outra coisa.
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