sexta-feira, 3 de julho de 2009

Flashes de Wimbledon II


E o torneio mais tradicional do circuito vai chegando ao fim. Entre as mulheres a decisão será Serena contra Venus Williams, conforme eu previ no meu twitter. Federer fará a final contra o surpreendente Andy Roddick.

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Na primeira semifinal Roger Federer pegou Tommy Haas. Este havia dado um trabalho danado pra aquele nas quartas-de-final de Roland Garros deste ano. Em Paris o alemão chegou a estar vencendo por 2 sets a 0, mas amarelou e permitiu a virada do suíço. O jogo de hoje não lembrou em nada aquele de semanas atrás. Federer dominou a partida do começo ao fim, como o esperado, e venceu por 3x0.

Umas palavrinhas sobre o alemão: Tommy Haas é o Federer que não deu certo. Ele é um tenista extremamente habilidoso, talentoso. Tem todos os golpes. Quando apareceu no circuito, muitos apostavam que ele logo seria número 1 do mundo. Mas durante toda a sua carreira, que já está entrando na sua reta final, lutou contra contusões e, quando estava bem fisicamente, sua cabeça não ajudava. Por isso ele não foi e não é um tenista vencedor. Nunca liderou o ranking mundial e nunca venceu um grand slam.

Depois de ter vencido o único grand slam que faltava ao seu currículo, Roger Federer está jogando mais leve, mais senhor de si. Parece que ele tirou um peso enorme dos ombros. Além disso, faz uns sete ou oito anos que ele é o melhor jogador de grama do circuito, disparado, apesar da derrota para Rafael Nadal no ano passado. O suíço é o grande favorito para a final de domingo, ainda mais levando-se em conta o retrospecto contra o seu adversário...

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... que será Andy Roddick. O americano surpreendeu o escocês Andy Murray, o grande favorito para este confronto, ao fazer um jogo muito consistente e agressivo de fundo de quadra, com pouquíssimos erros não-forçados e constantes e eficientes subidas à rede. Murray tentava usar a tática que sempre deu certo contra Roddick: passava a bolinha para o outro lado e esperava que o americano forçasse e errasse ou que encurtasse a bola, propiciando o contra-ataque. Usou a tática certa, só faltou combinar com Roddick.

O americano venceu por 3x1, apesar da enorme torcida britânica que lotou a quadra central e a Henman Hill ( o morro que fica atrás da quadra1, onde tradicionalmente é instalado um telão. Este morro ficava lotado durante os jogos de Tim Henman, o último britânico antes de Murray a chegar às semifinais de Wimbledon, por isso o nome. Alguns já falam em trocar o nome do morro para Murray Mound) para apoiar o jogador escocês, que, sem dúvida, sabe como fazer a torcida se envolver com a partida.

Quando soube que enfrentará Roddick na final, Federer deve ter aberto um Côtes du Rhône para comemorar. Ele sabe que o americano tem um respeito reverencial por ele, quase um temor. Federer, portanto, é o virtual campeão do torneio de Wimbledon.

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Nenhuma surpresa no torneio feminino. As irmãs Williams repetirão a final do ano passado e, de quebra, farão também a final do torneio de duplas.Venus e Serena elevaram o tênis feminino a um novo patamar. Venus, na semifinal de duplas de hoje, deu um saque que atingiu 204 km/h! Só uma tenista além dela é capaz de sacar assim: a sua irmã Serena. Ou seja, elas são muito mais fortes que as demais. E mais talentosas também, sem dúvida. Elas só não dominam o ranking mundial porque não querem: elas não gostam de treinar; odeiam preparação física (veja o tamanho da bunda da Serena. Não é bunda de atleta, né?); fazem muitas outras coisas além de jogar tênis; não disputam todos os torneios que deveriam. Elas são as Romárias do tênis! É para quem pode...

Venus já venceu 5 vezes em Wimbledon e Serena, 2. Aquela é melhor em quadra de grama e esta é mais completa. A irmã mais velha joga muito bem à rede e a mais nova prefere atacar do fundo da quadra. Vai ser uma final bem interessante. Se eu tivesse que apontar uma favorita eu apontaria Venus, embora esteja torcendo pela Serena.

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