segunda-feira, 6 de abril de 2009

Briga boa


Nos últimos 5 ou 6 anos, nossos olhos ficaram voltados para a sensacional disputa pelo topo. Agora, quando Nadal se consolida definitivamente no primeiro lugar no ranking mundial e fica claro que Federer dificilmente o incomodará, nossos olhares devem descer um degrau para acompanhar a interessante briga pelo terceiro lugar. Essa disputa começou a se anunciar no final do ano passado, quando Andy Murray despontou no cenário mundial, chegando inclusive à final do US Open. Djokovic que se cuide.

Ontem, Murray e Djokovic disputaram a final do Masters 1000 de Miami. O escocês dominou amplamente a partida e, ao vencer por 2 sets a 0, se aproximou perigosamente do sérvio, que ainda mantém a terceira posição do ranking, só que agora com apenas 170 pontos de vantagem.

Nessa briga boa que se anuncia, eu aposto muito em Andy Murray, que me parece um tenista mais completo, mais versátil e mais inteligente taticamente. No jogo de ontem, o escocês, percebendo que Djokovic não estava num de seus melhores dias e estava cometendo muitos erros não-forçados, começou a apostar em longas trocas de bola, abusando dos top spins altos de direita e rasantes back spins de esquerda. Ou seja, ele passava a bola para o outro lado, variando os golpes e esperando que seu adversário errasse. Com isso, ele enrolou Djokovic, que não soube sair da armadilha bolada por Murray. Isso mostra a imensa competência tática do escocês.

Murray, no entanto, para se firmar entre os melhores e sonhar em fazer frente a Federer e Nadal, precisa dar mais um passo: vencer um grand slam, coisa que Djokovic já fez no ano passado ao vencer o Aberto da Austrália. Mas receio que sua maior chance de quebrar esse tabu será no final do ano, no Aberto dos EUA, pois ele, definitivamente, não está entre os favoritos para vencer nem no saibro de Roland Garros nem na grama de Wimbledon (apesar da entusiasmada torcida que deverá ter a seu favor no All England Club).

Convido vocês a ficarem de olho nessa disputa entre Murray e Djokovic. Prometo, valerá a pena.

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O grande bafafá do torneio ficou por conta do acesso de fúria que o frio Roger Federer teve na sua derrota para Djokovic. Mas não era para menos, naquela altura do jogo ele não conseguia dar uma bola dentro. Ele praticamente entregou a partida de bandeja para o sérvio. Daí a sua frustração.

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