tag:blogger.com,1999:blog-218986028501291988.post4098728967891031727..comments2023-10-21T04:39:55.245-03:00Comments on Miúdo Recruzado: Federer fez história no All England ClubBrunohttp://www.blogger.com/profile/17057647658589377338noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-218986028501291988.post-57365092490823336642009-07-15T16:19:43.628-03:002009-07-15T16:19:43.628-03:00Caramba, Camila, que legal isso que você escreveu!...Caramba, Camila, que legal isso que você escreveu! Gostei especialmente dessa frase: " culpa muitas vezes é um sentimento bastante justo (porra, se perdi o set a culpa foi toda minha), mas nem por isso menos inútil (ficar repetindo para mim mesma que perdi o set porque joguei mal não me ajuda a ganhar o set seguinte)". E adorei a história que você contou! Escreva mais sobre isso... bjBrunohttps://www.blogger.com/profile/17057647658589377338noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-218986028501291988.post-10191686831844117922009-07-15T16:07:49.531-03:002009-07-15T16:07:49.531-03:00Rapaz, quase perco a oportunidade de comentar aqui...Rapaz, quase perco a oportunidade de comentar aqui enquanto o texto ainda está na página principal. Deixa eu ir rápido antes que você poste de novo. :) Só queria te dizer que gostei demais do que você escreveu sobre o adversário do Federer: a capacidade de auto-perdoar-se (palavra com três hífens, iupi!). Por isso eu jamais poderia ser uma jogadora de tênis (aliás, só por isso, né - em todo o resto, eu seria campeã :-P) - tenho muita dificuldade com a superação da culpa cristã-capitalista, seja ela justificada ou não. Porque é isso: a culpa muitas vezes é um sentimento bastante <i>justo</i> (porra, se perdi o set a culpa foi toda minha), mas nem por isso menos <i>inútil</i> (ficar repetindo para mim mesma que perdi o set porque joguei mal não me ajuda a ganhar o set seguinte). Então fiquei com vontade de te contar uma historinha, só para você ver o tipo de psicóloga que eu sou (era?):<br /><br />Houve uma época em que eu coordenava um grupo terapêutico de dependentes químicos de cocaína e crack (eu e mais uma galera: tinha grupo todo dia, eu e minha dupla atendíamos uma vez por semana). E uma das coisas mais difíceis da dependência, para alguns pacientes, é justamente a disposição para perdoar uma recaída. E aí sabe que um dia me deu a louca e eu falei... do Federer? Pros pacientes?? Eu falei bem isso mesmo: que muita gente considerava que ele era o pai-de-todos principalmente por causa disso. Porque ser foda tecnicamente - bem, até aí, muita gente também é. O diferencial é justamente o auto-perdão. E eu fiz esse paralelo com a dependência: você pode até saber exatamente as coisas que tem que fazer para não recair, os lugares, pessoas e comportamentos a evitar - mas, se você não conseguir perdoar os seus defeitos e deficiências, se não conseguir acolher suas próprias limitações e entender que você vai ter sempre que conviver com alguma falha, alguma característica sua que não é tão sensacional quanto você gostaria - aí também não adianta. Acolher as próprias limitações é requisito fundamental para fazer bom proveito das boas capacidades. E isso não tem nada a ver com acomodação. Qualquer hora escrevo mais sobre isso, quem sabe vire post. Já me empolguei demais por aqui. Beijo, Bruno.Camilahttps://www.blogger.com/profile/02402953748379651955noreply@blogger.com